Jesus,
mais de uma vez, advertiu os seus discípulos sobre o "fermento dos
fariseus". Para que não tivessem dúvidas sobre o que isto significava
Ele mesmo lhes explicou de que se tratava tal fermento: a Hipocrisia.
“Posto que miríades de pessoas se aglomeraram, a ponto de uns aos
outros se atropelarem, passou Jesus a dizer, antes de tudo, aos seus
discípulos: Acautelai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia.” (Lc 12:1)
A alusão ao fermento, que provoca o crescimento da massa, mostra o
perigo de permitirmos que ensinos e doutrinas carregados de julgamento,
religiosidade e hipocrisia se alastrem em nosso meio.
É
impressionante ver como Jesus lidava com todo tipo de pecadores e tinha
para eles uma palavra de graça e restauração, mas com os fariseus Jesus
falava muito duramente.
O Príncipe da Paz, ao falar com um fariseu
dizia coisas como: raça de víboras, sepulcros caiados, filhos do
inferno. Enquanto isso, ao falar com a mulher apanhada em adultério
disse apenas "nem eu te condeno, vá e não peques mais". Lidando com o
cobrador de impostos, odiado pelos fariseus e chamado de pecador, Jesus
disse: "Hoje, houve salvação nesta casa, pois que também este é filho de
Abraão".
Os fariseus já não existem mais como uma seita do
judaísmo, mas sua atitude religiosa e hipócrita persiste após séculos e
insiste em se misturar com a busca verdadeira a Deus.
Como discernir
esse maldito fermento e nos livrarmos dele? Nem sempre é fácil pois, ao
contrario dos pecados que são obviamente perniciosos, o pecado do
fariseu se traveste de vida reta, justiça e espiritualidade.
Vejamos alguns dos sinais desse fermento:
• Atitude crítica e julgadora.
• Se mostram sempre como representantes da vontade de Deus, seja usando
textos bíblicos como pretexto ou buscando autoridade para sua palavra
afirmando que “Deus falou comigo”.
• Não tem uma mensagem própria, sua mensagem é apenas uma crítica a outros.
• São zelosos por fazer convertidos, mas o resultado na vida espiritual
dos que os seguem é negativo. Como disse Jesus, eles se dedicam a
converter alguém aos seus caminhos apenas para torná-los duas vezes
filhos do inferno. Em vez de liberdade, promovem na vida de seus
seguidores um aprisionamento espiritual que contamina suas vidas. “Ai de
vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque rodeais o mar e a terra
para fazer um prosélito; e, uma vez feito, o tornais filho do inferno
duas vezes mais do que vós” (Mt 23:15)
• Se irritam com qualquer
coisa que se pareça muito com Jesus. Os principais temas do evangelho,
como o amor e a graça, não estão entre seus tópicos favoritos.
• Condenam os pecados que os fariseus condenavam, mas praticam os que Jesus condenava (hipocrisia, orgulho, julgamento).
Jesus nos disse para nos guardarmos desse fermento. Como fazer isso? É bastante simples.
Quanto mais parecido você for com Jesus menos haverá do fermento dos
fariseus na sua vida. Quando ouvir uma suposta mensagem de Deus, veja o
quanto ela se parece a mensagem de Jesus. Quando alguém se apresentar
com um ensino veja o quanto essa pessoa se parece com Jesus. Nada é mais
distante do farisaísmo do que Jesus.